terça-feira, 30 de agosto de 2011

BCAA

Para a prática de exercícios físicos ou de esportes, é primordial que se tenha energia suficiente para garantir um melhor desempenho e, conseqüentemente, retardar o início da fadiga. Desta forma, é de suma importância que no planejamento e organização de um programa, além das atividades típicas de treinamento e de repouso, uma alimentação adequada deva ser considerada. As necessidades nutricionais diárias, não somente protéicas, são dependentes de fatores como intensidade, freqüência, duração e tipo das atividades/exercícios, bem como composição corporal, idade, sexo e nível de treinamento dos indivíduos, os quais a tornam um tópico de discussões bastante complexo. Sendo assim, a nutrição torna-se um fator importante para que os objetivos estabelecidos no planejamento sejam mais facilmente atingidos.
O papel das proteínas e dos aminoácidos na atividade física durante longo tempo não recebeu a devida importância. Estudava-se principalmente o metabolismo de carboidratos e gorduras, sendo as proteínas bastante ignoradas. O interesse aumentou consideravelmente a partir da década de 70, quando evidências foram apresentadas de que o exercício afeta o metabolismo de proteínas/aminoácidos, e que esses contribuem significativamente no rendimento durante o exercício prolongado.
O uso de aminoácidos de forma suplementada tem sido bastante difundido entre praticantes de exercícios e atletas de diversas modalidades. Tornou-se foco de estudo de pesquisadores das áreas da nutrição e da fisiologia do exercício, principalmente, com o intuito de desvendar quais os possíveis efeitos sobre a performance e a composição corporal, bem como sobre a saúde dos individuos que fazem uso deste tipo de nutriente. 
Aminoácido de cadeia ramificada – BCAA
Os aminoácidos de cadeia ramificada conhecidos como BCAA (Branched Chain Amino Acids), compreendem três aminoácidos essenciais: valina, leucina e isoleucina. De todos os aminoácidos isolados consumidos, apenas os aminoácidos essenciais apresentam uma sustentação teórica para a sua administração. Eles não são sintetizados no organismo humano devendo, por isso, ser ingeridos na dieta ou na forma de suplementos dietéticos, os quais são apresentados na forma de cápsulas, comprimidos, pó, tabletes e na forma líquida. Nos alimentos, podem ser encontrados nas carnes e outros produtos de origem animal, ricos em proteínas.
 Pouco se sabe a respeito das dosagens diárias recomendadas. Dessa forma, foram encontradas pesquisas envolvendo crianças e adultos que sugerem proporções que vão de 77 a 154 mg/kg/dia, bem como estudos que sugerem a não utilização de suplementação de BCAA para atletas, devido a carência de evidências consistentes a respeito do tema.
Envolvimento na resposta imunológica.
 Durante exercícios de resistência, há uma diminuição dos níveis plasmáticos de glutamina, cuja função principal é servir de fonte de energia para importantes células do sistema imunológico. Já que os BCAA servem de substrato para a síntese de glutamina, sua administração após o exercício aumentaria as concentrações da mesma, diminuindo assim a incidência de infecções nos atletas;
 Os BCAA são também absolutamente essenciais na responsividade dos linfócitos a agressões e são necessários para apoiar outras funções de células do sistema imunológico.
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BCAA E EXERCÍCIOS


Para a prática de exercícios físicos ou de esportes, é primordial que se tenha energia suficiente para garantir um melhor desempenho e, conseqüentemente, retardar o início da fadiga. Desta forma, é de suma importância que no planejamento e organização de um programa, além das atividades típicas de treinamento e de repouso, uma alimentação adequada deva ser considerada. As necessidades nutricionais diárias, não somente protéicas, são dependentes de fatores como intensidade, freqüência, duração e tipo das atividades/exercícios, bem como composição corporal, idade, sexo e nível de treinamento dos indivíduos, os quais a tornam um tópico de discussões bastante complexo. Sendo assim, a nutrição torna-se um fator importante para que os objetivos estabelecidos no planejamento sejam mais facilmente atingidos.
O papel das proteínas e dos aminoácidos na atividade física durante longo tempo não recebeu a devida importância. Estudava-se principalmente o metabolismo de carboidratos e gorduras, sendo as proteínas bastante ignoradas. O interesse aumentou consideravelmente a partir da década de 70, quando evidências foram apresentadas de que o exercício afeta o metabolismo de proteínas/aminoácidos, e que esses contribuem significativamente no rendimento durante o exercício prolongado.
O uso de aminoácidos de forma suplementada tem sido bastante difundido entre praticantes de exercícios e atletas de diversas modalidades. Tornou-se foco de estudo de pesquisadores das áreas da nutrição e da fisiologia do exercício, principalmente, com o intuito de desvendar quais os possíveis efeitos sobre a performance e a composição corporal, bem como sobre a saúde dos individuos que fazem uso deste tipo de nutriente.

Aminoácido de cadeia ramificada – BCAA
 Os aminoácidos de cadeia ramificada conhecidos como BCAA (Branched Chain Amino Acids), compreendem três aminoácidos essenciais: valina, leucina e isoleucina. De todos os aminoácidos isolados consumidos, apenas os aminoácidos essenciais apresentam uma sustentação teórica para a sua administração. Eles não são sintetizados no organismo humano devendo, por isso, ser ingeridos na dieta ou na forma de suplementos dietéticos, os quais são apresentados na forma de cápsulas, comprimidos, pó, tabletes e na forma líquida. Nos alimentos, podem ser encontrados nas carnes e outros produtos de origem animal, ricos em proteínas.
 Pouco se sabe a respeito das dosagens diárias recomendadas. Dessa forma, foram encontradas pesquisas envolvendo crianças e adultos que sugerem proporções que vão de 77 a 154 mg/kg/dia, bem como estudos que sugerem a não utilização de suplementação de BCAA para atletas, devido a carência de evidências consistentes a respeito do tema.

Possíveis efeitos da suplementação com BCAA

Ação anabólica e anticatabólica
 Os estudos realizados com indivíduos fisicamente ativos ou não, sugerem que a suplementação com BCAA, antes ou imediatamente após o exercício, pode estimular a síntese protéica e diminuir danos ao tecido muscular, devido ao fato de a suplementação suprir as necessidades dietéticas destes aminoácidos, preservando os estoques musculares.
 Em estudo de revisão realizado por Blomstrand et al. (2006), os BCAA, particularmente a leucina, podem apresentar efeitos anabólicos no metabolismo de proteínas, aumentando significativamente a taxa de síntese e diminuindo a taxa de degradação de proteína na musculatura em repouso, após o exercício. Os BCAA apresentam efeitos anabólicos no músculo humano durante a fase de recuperação, após exercícios de resistência, porém durante os exercícios, os respectivos efeitos não são claros, necessitando maiores estudos.

Envolvimento na resposta imunológica
 Durante exercícios de resistência, há uma diminuição dos níveis plasmáticos de glutamina, cuja função principal é servir de fonte de energia para importantes células do sistema imunológico. Já que os BCAA servem de substrato para a síntese de glutamina, sua administração após o exercício aumentaria as concentrações da mesma, diminuindo assim a incidência de infecções nos atletas;
 Os BCAA são também absolutamente essenciais na responsividade dos linfócitos a agressões e são necessários para apoiar outras funções de células do sistema imunológico.

Retardo da fadiga central em exercícios prolongados
 Alguns estudos apontam efeitos que colocam em discussão a administração desse suplemento com o intuito de retardar a fadiga central e verificaram um aumento da concentração plasmática de amônia em decorrência da ingestão de altas doses de BCAA. Esta pode ser tóxica ao cérebro e também afetar negativamente o metabolismo muscular.
 Alguns autores dizem que “não se sabe ao certo a quantidade de BCAA necessária para impedir a entrada de triptofano no cérebro; quantidades muito elevadas são mal toleradas e prejudiciais, atrasam a absorção de líquidos e contribuem para a desidratação” . Ou seja, em doses altas existe a possibilidade de transtornos gastrintestinais como a diarréia, bem como comprometimento da absorção de outros aminoácidos.
 A suplementação com os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) pode ser benéfica, ingerido sozinho ou associado a outros nutrientes, se confirmada a necessidade e, desde que com acompanhamento de profissionais da área da saúde, como médicos, nutricionistas e educadores físicos.
 Considerando-se todo o potencial de informações a respeito deste tema, notaram-se algumas discordâncias entre os estudos, observando-se que o conhecimento sobre seus efeitos geram algumas dúvidas, sobretudo quanto ao uso por períodos prolongados.
 Com relação aos efeitos da suplementação de BCAA, fica bastante clara a necessidade de que mais pesquisas científicas sejam realizadas, pois a discussão está longe de ser esgotada.
 Pesquise, se informe, procure um profissional da área antes de usar qualquer medicamento ou suplemento.

Fonte: Rogero MM, Tirapegui J. Aspectos atuais sobre aminoácidos de cadeia ramificada e exercício físico. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas.vol. 44, n. 4, out./dez., 2008




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