sexta-feira, 25 de maio de 2012

Marco Aurélio Piazza


Sou Marco Aurélio Piazza, tenho 26 anos e hoje sou professor e tenho uma equipe de corrida.

Sempre fui apaixonado por corrida. Quando criança era bem gordinho e minha mãe sempre dizia “vai correr que emagrece”. Era o que eu fazia. Dava duas voltas na quadra correndo e voltava para tomar refrigerante. Mesmo sendo gordinho, não perdia para ninguém na corrida nas brincadeiras da escola ou na rua, tinha muita velocidade e isso me motivava. Com uns 14 anos, estudava, pela manhã, num colégio que ficava a cerca de 3 km da minha casa e, a tarde, ía para um Cursinho no Centro, com a distância de 6 km de casa. Foi aí que tudo começou. Sempre fazia esses percursos a pé. Um certo dia, resolvi voltar do centro correndo. E consegui, fui até em casa sem parar. Meus amigos não acreditaram. Aí virou mania. Nos dias seguintes voltávamos correndo em um grupo de cinco amigos. E o primeiro que chegasse em casa tinha que ligar para os outros para provar que já tinha chego.

Nos anos 2000, fiz vestibular para o Colégio Estadual do Paraná. Só queria estudar lá pois sabia que lá tinha uma pista de atletismo e poderia treinar, pois eles tinham uma equipe de corrida. Já nos primeiros dias de aula (2001) fui procurar a equipe para treinar, mas teria que fazer uma seletiva. Fui o mais rápido da minha sala. Tinha conseguido entrar para a equipe. Comecei a participar de competições regionais e estaduais. Nesse mesmo ano fiz minha primeira São Silvestre.

Fui prestar serviço militar. Continuei treinando. Ao  mesmo tempo, terminei a faculdade de Educação Física. Nunca parei de treinar, perdi muitas oportunidades de emprego por colocar a corrida em primeiro lugar.

Minha vida profissional começou pela corrida. Meu primeiro serviço foi no exército mesmo, para correr. Depois fui dar aulas de educação física em escolas, em academia (para trabalhar no grupo de corrida). E hoje tenho o meu próprio grupo, além de outros em mais três academias da cidade.

Hoje tenho muitos quilômetros rodados e muitas conquistas. Me considero um vencedor todos os dias, pois consigo treinar e trabalhar e quando tenho oportunidade busco uma ‘vaguinha nos pódios’! Não vivo da corrida, mas vivo PARA A corrida.

Até hoje só ganhei com essa modalidade, conheci pessoas e lugares incríveis. Com a corrida ganhei muita coisa. Conheci pessoas e lugares maravilhosos e aprendi a minha profissão.

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